Durante muito tempo o principal procedimento para a expansão do conhecimento sobre a
superfície terrestre ou sobre outros espaços ou escalas geográficas era por meio de viagens, que
também acabaram servindo para “descobrir” novos territórios. Nessas viagens, no entanto era
preciso colocar os pés em terra firme para poder conhecê-la.

Tanto no passado como atualmente, a ida a campo ou o trabalho de campo é de fundamental
importância para a concretização de experiências capazes de promover a observação, a percepção, o
contato, o registro, a descrição e a representação e, principalmente, a análise do que foi visto. O
trabalho de campo pode, então, ser entendido como uma técnica para a realização do estudo do
meio e também como indispensável para o conhecimento da realidade. No entanto, faz-se
necessário saber observar a paisagem e não apenas só contemplar o panorama. É preciso extrair o
sentido geográfico da mesma.

Dessa forma, para que ocorresse a compreensão de uma das muitas realidades estudadas na
disciplina Estrutura Produtiva Agrícola e Dinâmica Regional, é que foi proposto o trabalho de
campo no município de Rio Verde, no estado de Goiás.

O local escolhido deve-se ao fato do município apresentar uma grande dinamização
econômica com a produção de grãos, principalmente a partir da década de 1970 com o incentivo de
políticas públicas para a região Centro-Oeste. Isso possibilitou a implantação de indústrias que
acabaram propiciando uma nova dinâmica regional no sudoeste goiano. Também foram
desenvolvidos vários estudos para a compreensão da territorialização dos empreendimentos e as
preocupações ambientais que surgem com o avanço da monocultura e o complexo aviário
implantado na região.

Foram as discussões dos textos e, posteriormente, a visita às indústrias, fazendas,
cooperativas e instituições de ensino do município de Rio Verde que permitiram a reflexão que será
socializada através deste texto.

2. PRESIDENTE PRUDENTE-SP E RIO VERDE-GO: CONVERGÊNCIAS E
DIVERGÊNCIAS NA ESTRUTURAÇÃO DA PAISAGEM

Para descrever as mudanças ocorridas na paisagem durante o trajeto de Presidente Prudente,
no estado de São Paulo, até Rio Verde, no estado de Goiás, faz-se necessário relatar o percurso e a
mudanças oriundas da percepção e da observação feitas durante o trajeto pelas rodovias.

Partiu-se de Presidente Prudente pela rodovia SP 270 (Raposo Tavares). Essa região é
caracterizada pelas pastagens degradadas e, consequentemente pela pecuária extensiva, o que indica
também o predomínio da grande propriedade. Seguiu-se até o Município de Presidente Venceslau
onde se mudou de direção, pegando a rodovia SP 563.

Durante o trajeto pela SP 563, próximo ao município de Dracena, notou-se a presença da
cana-de-açúcar já plantada em extensas áreas para servir de matéria prima à Usina Dracena Açúcar
e Álcool Ltda., denotando novas formas de territorialidades do capital.

No município de Andradina entrou-se na rodovia SP 300, também conhecida como
Marechal Rondon, observando-se a presença da pecuária e dessa forma, a paisagem novamente
volta a ter predominância da pastagem.

Na rodovia SP 585, com destino à Ilha Solteira, a paisagem é a mesma. Interessante foi
encontrar bem próximo à sede do município, um acampamento de trabalhadores rurais sem terra,
fato este que evidencia a luta pela terra e a contínua presença do latifúndio.

Entrando no Mato Grosso do Sul, tomou-se a BR 158, rodovia que estava em reparos. A
paisagem é uniforme nos municípios de Selvíria, Aparecida do Taboado e Paranaíba, percebendo-se
somente a presença de pastagens e de gado e de placas indicando o nome das fazendas. É
importante salientar que tanto em terras paulistas como sul mato-grossenses a presença de áreas
com matas foi pouco observada, limitando-se apenas às proximidades de áreas úmidas.

Revista Formação, n⁰14 volume 2 – p. 35‐47

Próximo à cidade de Cassilândia, seguiu-se para uma rodovia que dava acesso ao estado de
Goiás. A partir de Itajá, primeiro município goiano, seguiu-se pela GO 184, rodovia que está em
péssimo estado de conservação, com trechos onde já não há mais asfalto.

Em outros municípios goianos como Itarumã, Caçu e Quirinópolis, também pode ser notada
a presença marcante da grande propriedade que possui a pecuária extensiva como principal fonte de
renda. Percebe-se que uma grande parte das terras ainda está coberta por matas (Quadro 1).

Mudança significativa pode ser percebida quando se deixou a GO 184 e entrou-se na BR
482, já com destino direto a Rio Verde. A partir deste ponto como já se está dentro do raio de ação
da Perdigão, as lavouras “safrinhas” de milho, milheto e sorgo são mais comuns. Essas áreas,
certamente, na cultura de verão são ocupadas com a soja.

Também começaram a surgir no horizonte pequenos pontos brancos, correspondendo as
granjas de integração da Perdigão.

QUADRO 1– Uso e ocupação do solo nos municípios percorridos em Goiás

Quanto mais próximo da cidade de Rio Verde, mais era perceptível a mudança na paisagem,
agora caracterizada por uma diversificação. De uma paisagem que se perdia de vista, somente com
pastagens durante quase todo o trajeto, mudou-se radicalmente para outra paisagem, mais
diversificada, com novos tons de cores, dependendo da cultura plantada.

Como a topografia do cerrado facilitava a visão, extensas plantações podiam ser observadas.
Como a estrutura fundiária é caracterizada pela grande propriedade, grandes são as áreas plantadas.
Isto pelo menos foi o que pode ser percebido nos locais.

As pastagens também podem estar cedendo espaço para a cana-de-açúcar, pois já existe uma
usina e as áreas plantadas tendem a aumentar, pois, segundo dados do próprio Ministério da
Agricultura, os atuais três milhões de hectares ocupados com cana-de-açúcar tendem a ocupar nove
milhões num prazo de 10 anos. Esse percentual deve sair dos atuais 180 milhões de hectares
ocupados pelas pastagens no Brasil. Esse primeiro momento de descrição do percurso torna-se
importante à medida que não se percebe uma mudança expressiva na estrutura fundiária.

O que se observou durante o trajeto foi a mudança da pastagem para a produção de grãos,
conservando a estrutura fundiária e uma diferenciação na infra-estrutura produtiva em relação ao
escoamento da produção. No Oeste paulista, contrastando com a paisagem degradada da pecuária
extensiva, rodovias com bom estado de conservação e, no Sudoeste Goiano, contrastando com o
alto padrão tecnológico empregado na produção de grãos, estradas em péssimo estado de
conservação. Pode-se perceber que a substituição da pecuária pela cana no oeste paulista será
questão de tempo, pela própria infra-estrutura encontrada, bem como pelo modelo de pecuária
extensiva

No caso de Rio Verde, os fatores limitantes para a entrada da cana são a estrutura montada
para o beneficiamento da soja e um complexo aviário que depende exclusivamente da produção de
grãos, além, é claro, da postura da prefeitura municipal de Rio Verde que limitou em 10% a
ocupação da cana-de-açúcar na área total do município.

3. A PRODUÇÃO DE GRÃOS E A DINÂMICA DA ESTRUTURA PRODUTIVA
AGRÍCOLA NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE-GO

O município de Rio Verde está localizado na microrregião Sudoeste do Estado de Goiás, a
220 km da capital, Goiânia. Suas coordenadas são: latitude (S) – 17º 47’ 53” e longitude (W) – 51º
55’ 53”. Sua topografia é plana, levemente ondulada, com altitude média de 748 m. O clima
apresenta duas estações bem definidas: uma seca (de maio a outubro) e outra chuvosa (novembro a
abril). A temperatura média anual varia entre 20ºC e 35ºC. A vegetação é constituída de cerrado e
matas residuais. Seu solo é do tipo latossolo vermelho escuro com textura argilosa e areno-argilosa1.

Esse breve histórico possibilitará a compreensão da implantação de grandes projetos
agrícolas na região. No início do século XIX a quase totalidade do que hoje é o Estado de Goiás era
ainda constituída de muitos espaços vazios e de latifúndios improdutivos. A primeira família
desbravadora a chegar às terras que constitui o município de Rio Verde foi a de José Rodrigues de
Mendonça, paulista de Casa Branca que tomou posse de terras localizadas às margens do rio São
Tomás. Segundo GONÇALVES (2003), desde o início, o regime de apossamento de terras na zona
sudoeste foi livre e permitiu a delimitação de grandes fazendas de criação extensiva de bovinos,
tendo a terra ocupada na região dois tipos de uso: reserva de valor e exploração da pecuária
extensiva.

É importante frisar que o povoamento do Estado se consolidou com o descobrimento de
minas de ouro no século XVIII de forma irregular e só ao final do século XVIII vão se verificar
áreas de pecuária e agricultura:

Ao término do século XVIII, Goiás se apresentava como área de pecuária e de
agricultura de subsistência, com baixa articulação com os centros mais
desenvolvidos e quase nenhuma integração econômica interna. A inexistência de
articulação intra-regional, pois desde a origem não há unidade entre suas porções
norte-sul, exprime a artificialidade da divisão político-administrativa criada com o
sistema de capitanias (GONÇALVES, 2003, p. 214).

Já na década de 1960, a região Centro-Oeste era considerada uma fronteira agrícola, pois
apenas parte de seu território era utilizado para a produção agrícola, valendo-se primordialmente
dos fatores terra e trabalhos empregados quase que somente na pecuária e na cultura do arroz, com
reduzida utilização de capital e com baixa articulação em nível nacional, até a construção de
Brasília:

Nas décadas de 1950 e 1960, a construção de Brasília e a implantação de rodovias
interligando a nova capital federal a diferentes pontos do país, propiciaram uma
melhor articulação entre a região e o restante do país (HESPANHOL, 2000, p. 07).

As mudanças ocorridas na base técnica foram relevantes para a reorganização regional
principalmente com a introdução de inovações oriundas do processo de industrialização da
agricultura diminuindo a importância dos fatores naturais:

Convém ressaltar que o princípio da vantagem natural não é suficiente para
explicar o avanço da soja no cerrado, ainda que este apresente algumas condições
naturais favoráveis. O solo do cerrado é pobre e necessita de investimentos para ser
corrigido. De modo que o domínio da natureza pelo capital se intensificou através
da irrigação, adubação, utilização de máquinas etc. (BERNARDES, 2005, p. 336).

Essa articulação não favoreceu os pequenos produtores rurais, no entanto, contribuiu para a
consolidação da grande propriedade aliada a uma modernização da base técnica, não se
diferenciando da região sul e sudeste e se tornando o centro da produção de grãos:

O caráter heterogêneo da agricultura brasileira – do ponto de vista técnico, social e
regional – foi preservado, e até mesmo aprofundando nesse processo de
modernização. Em certo sentido pode-se visualizar nele um pacto agrário
modernizante e conservador, que, em simultâneo a integração técnica da indústria
com a agricultura, trouxe a inda para seu abrigo as oligarquias rurais ligadas à
grande propriedade territorial e ao capital comercial (DELGADO, 1997, p. 219).

O sudoeste goiano despontou no processo de criação extensiva de gado bem como na
produção de grãos, ampliando a sua participação em relação à tecnificação da produção, atraindo
investimentos e caminhando para o reconhecimento nacional:

Podemos observar que o Sudoeste apresentou diferenciadas etapas na formação
econômica. Primeiro, a exploração da pecuária extensiva que vai da ocupação até o
fim do século XX. Em seguida, começa a destacar-se no cenário goiano pela
produção de arroz, milho e feijão. Nas últimas décadas, com a incorporação de
tecnologias avançada no campo, angariou o troféu de sede dos mais diversificados
produtores agropecuários do Estado (GONÇALVES, 2003, p. 219).

Considera-se importante frisar que esse fortalecimento do setor agrícola com base na
produção em larga escala no Estado de Goiás é fruto da modernização conservadora que se
manifesta intensamente na década de 1970, propiciando a integração da agricultura com a indústria
e estabelecendo as bases para o surgimento do agronegócio:

Este processo de modernização técnica – da agricultura e integração coma
indústria, é caracterizado por “um lado pela mudança na base técnica nos meios de
produção utilizados pela agricultura, materializada na presença crescente de
insumos industriais (fertilizantes, defensivos, corretivos do solo, sementes
melhoradas e combustíveis líquidos, etc.); e máquinas industriais (tratores,
colheitadeiras, implementos, equipamentos de irrigação, etc.). De outro lado,
ocorre uma integração de grau variável entre a produção primária de alimentos e
matérias primas e vários ramos industriais (oleaginosas, moinhos, indústrias de
cana e álcool, papel e papelão, fumo, têxtil, bebidas, etc.)”. Estes blocos de capital
irão constituir mais adiante (ver seção 5) a chamada estratégia do agronegócio, que
vem crescentemente dominando a política agrícola do Estado (DELGADO, 2005,
p. 33).

A conseqüência inevitável diante do modelo proposto foi, a partir da década de 1970, o
avanço da soja em substituição ao arroz no cerrado, atraindo agricultores de São Paulo e da região
sul, estes últimos já com tradição na cultura da soja, trazendo consigo maquinários, tecnologia,
recursos e experiências que transformaram a região:

As vastas áreas de cerrados da porção central do território nacional transformaramse num curto espaço de                                                      tempo em importantes zonas produtoras de grãos do país
destacando-se a expressiva expansão da produção de soja realizada por grandes
produtores provenientes principalmente da Região Sul (HESPANHOL, 2000, p.
15).

A região Centro-Oeste tornou-se desta forma grande produtora de grãos. Assim como em
outras regiões brasileiras precisou-se de políticas públicas para viabilizar sua execução. Um
importante programa de desenvolvimento regional foi PRODOESTE,2
que produziu profundas
mudanças na configuração espacial da Região Centro-Oeste (Figura 1).

FIGURA 1 – Mapa do Brasil

A esse respeito, Hespanhol (2000, p. 15) afirma que:

                                                      A primeira fase se estende do final dos anos 1960 até meados dos anos 1970, a qual
é caracterizada pelo esforço da pesquisa em desenvolver sementes de soja
adaptadas às condições edafoclimáticas do cerrado e da melhoria da infra-estrutura
através do Programa de Corredores de Exportação do Governo Federal e do
Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste (PRODOESTE), ambos lançados
no ano de 1971.

Um fator importante que contribuiu para que ocorresse a diversificação agrícola com a
introdução do cultivo da soja em Rio Verde foi a chegada, em 1969, de um grupo de religiosos
americanos. Pertencentes à comunidade menonita, tinham o objetivo de se fixarem no Brasil e,
realizando algumas expedições buscando um local para se instalarem, encontraram um lote à venda
em Rio Verde. Apesar de localizar-se na região Centro-Oeste, a altitude de Rio Verde a torna um
local com clima agradável, fato este determinante para a escolha dos menonitas, acostumados com
temperaturas mais baixas em seu país (Figura 1).

Os menonitas foram os primeiros a plantarem soja no município de Rio Verde. No ano de
1971, plantaram 15 ha. Como o comércio local não conhecia tal planta, tiveram dificuldades em
comercializar sua produção.

Como a área do município de Rio Verde é grande, 8.415,40 Km2
, o que representa 0,098%
do território nacional, a importância da primeira atividade econômica do município é ainda
relevante para a economia local (Figura 2).

O rebanho conta com 325 mil animais, dividido em gado de corte e leiteiro. A cidade possui
um frigorífico (Frigorífico Margem) que abate 700 cabeças/dia. No ano de 2005, segundo dados do
IBGE e da própria prefeitura municipal de Rio Verde, a produção de leite foi de 52 milhões de
litros. Fica comprovado que a atividade pecuária continua sendo importante para a região.

FIGURA 2 – Localização do município de Rio Verde em GO

A diversificação da produção de grãos, que se tornou o carro-chefe da agricultura no
município, é fruto de uma forte articulação técnica e política que envolveu secretarias de Estado e
institutos de pesquisas de acordo com Hespanhol (2000, p 15)

Além da melhoria da infra-estrutura, sobretudo no que diz respeito a construção e
pavimentação de estradas, deve-se destacar que desde o início da década de 1970,
as Secretarias de Agricultura do Centro-Oeste e algumas Instituições de Pesquisa
como o Instituto de pesquisa Agropecuária do Oeste (IPEO), o Instituto de
Pesquisa Agropecuária do Centro-Oeste (IPEACO), a fundação Zoobotânica de
Brasília, a Universidade Nacional de Brasília (UNB) e mais tarde (a partir de 1974)
a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), passaram a investir
em pesquisas destinadas ao fomento e a viabilização da agricultura moderna nas
zonas de cerrado.

A produção agrícola do município destacou-se evidenciando a área da soja e do milho e suas
respectivas produtividades em relação aos demais produtos, como pode ser verificado (Quadro 2).
A área do arroz, algodão e feijão correspondem a 3,19% da área plantada em 2005, o que leva a
refletir sobre o peso da agroindústria da avicultura de corte.

O quadro 3 demonstra o quadro evolutivo da produção da soja no município de Rio Verde
que, sozinho, passa a ser responsável por 1% da produção nacional de grãos, impulsionada pela
crescente demanda dos mercados internacionais. Esses números na agricultura de Rio Verde são
resultados da utilização de tecnologia de ponta, mecanização de última geração, aliadas à
profissionalização do produtor.

Essa estrutura pode ser verificada na Fazenda Brasilânda, que possui cinco mil ha, sendo
três mil da própria propriedade e os outros dois mil arrendados. A área de soja da última safra foi de
quatro mil ha e mil ha de milho. Para colocar essa estrutura para funcionar dentro dos padrões
aceitáveis com otimização, a fazenda possui dezessete empregados permanentes, mas durante a
colheita tem a necessidade de mais treze trabalhadores temporários.

Possui vinte tratores e doze colheitadeiras considerados de última geração, além de oito caminhões. Os operadores dos tratores
recebem treinamento anualmente do SENAI. A manutenção dos equipamentos é feita dentro do
próprio estabelecimento mantendo seu parque de máquinas em perfeito estado de conservação. Essa
estrutura sustenta o sistema de plantio direto em aproximadamente 90% das culturas de soja, milho,
sorgo e girassol.

Tendo como exemplo essa estrutura, pode-se constatar porque a capacidade de
armazenamento do município é superior a um milhão de toneladas. Há muitas empresas com grande
capacidade armazenadora que também se instalaram no município e que estão esmagando a soja
(Cargill, Grupo Brejeiro e Grupo Cereal), o que faz com que boa parte da produção seja beneficiada
no próprio município, sem contar que, como a estrutura fundiária é baseada na grande propriedade,
há em muitas fazendas silos próprios para armazenar a produção. Somente a fazenda Brasilânda
possui dois silos com uma capacidade de armazenamento de 160 mil toneladas de grãos.

Com uma agricultura forte desenvolvida a partir de 1970, cada vez mais o município se
torna atrativo para empresas e grandes indústrias, como é o caso da Perdigão, que visualizou no
município de Rio Verde a estrutura produtiva necessária para a avicultura de corte, implantando um
projeto denominado “PROJETO BURITI”.

A introdução da avicultura moderna no Centro-Oeste é resultado do
aproveitamento dos principais insumos de sua produção, a soja (farelo) e o milho.
Mas, para isso, foi preciso adequá-las às condições climáticas da Região, com
elevadas temperaturas médias e amplitude térmica (FRANÇA, 2003, p. 193).

Verificou-se que no município implantou-se o mais moderno modelo de integração, baseado
na redução dos custos de produção, logística e transação, na expansão da produção de insumos (soja
e milho), culminando com a territorialização de médios, grandes produtores e o fortalecimento do
complexo agroindustrial baseado na produção de grãos:

As principais características do novo modelo de integração são: alto nível de
automação dos aviários; alto volume de aves confinadas por aviário/produtor
integrado; redução significativa no número de produtores integrados para cada planta industrial e, portanto,                                                      do número de contratos estabelecidos pela firma
agroindustrial integradora; produtores integrados de tipo médio ou grande
decorrente da exigência de que os integrados tenham maior capacidade de
alavancagem de financiamento em função do aumento significativo nos custos de
instalação de novos aviários (seja pela maior automação, seja pela ampliação no
tamanho do aviário); produtores melhor informados sobre o mercado; produtores
que busquem alternativas de investimentos (melhor retorno do capital investido, e
não simplesmente uma nova fonte de renda); uso predominante de mão-de-obra
assalariada nos aviários; e re-espacialização das agroindústrias integradoras em
função da necessidade de se localizar em regiões que tenham características fatores
como concentração de um número significativo de produtores com maior
capacidade de alavancagem e que queiram integrar, concessão de benefícios
(incentivos) fiscais necessários para a redução dos riscos de possíveis perdas
financeiras com o investimento, e oferta abundante de matérias-primas (milho e
soja), de forma a ter acesso às mesmas em condições favorecidas (FRANÇA, 2003.
p. 205).

Isso acabou contribuindo para a convergência de um grande número de brasileiros de todas
as partes do país. Segundo dados do IBGE, a população do município já é de 134.211 habitantes,
sendo que 91% residem na zona urbana e 9% na zona rural, reflexo da estrutura agrária na região.

É de suma importância evidenciar que a consolidação da estrutura produtiva atual está
intimamente relacionada à criação da COMIGO (Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do
Sudoeste Goiano Ltda.) que impulsionou o crescimento não só do município de Rio Verde, mas
também da região como um todo. Segundo Gonçalves (2003, p. 247):

A COMIGO foi fundada em 1975, o mesmo ano em que começou a ser implantado
o POLOCENTRO, maior programa de desenvolvimento regional efetivamente
executado em Goiás, a partir dos anos 1975. Portanto, foi gerada no bojo da
modernização do sudoeste goiano e contribuiu direta e indiretamente para o
desenvolvimento da configuração territorial e espacial de Rio Verde.

Rio Verde, dessa forma, tornou-se o maior produtor de grãos do Estado e maior arrecadador
de impostos sobre produtos agrícolas A COMIGO, hoje, representa um bom exemplo do complexoagroindustrial, uma vez que centraliza todas as etapas do processo produtivo. Está entre as 15
maiores cooperativas do Brasil, depende exclusivamente da soja com participação de 60% da soja
transgênica além de ser referência de cotação dentro da região. Fabrica óleo de soja e a sua própria
embalagem plástica, escoando a sua produção para os Estados do Pará, Tocantins, Minas Gerais,
Maranhão e com grande aceitação no mercado interno.

Segundo o Sr. Paulo Junqueira, gerente da Cooperativa Mista de Goiás, a COMIGO tem
atualmente, em seu quadro, em torno de 4.000 associados com os seguintes princípios universais:
adesão voluntária é livre; participação econômica dos membros; gestão democrática pelos
membros; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação e
interesse pela comunidade. Além do atendimento produtivo aos membros, a COMIGO estende-se
na comercialização de fertilizantes, na manufatura do algodão (desativada no momento); no
esmagamento de soja; na armazenagem; nos laboratórios; em fábrica de rações; em refinaria de
enlatamento; em manufatura de sabão; em laticínio e estação veterinária. A refinaria de enlatamento
é totalmente automatizada. A Cooperativa instituiu o CTC – Centro Tecnológico Comigo que tem
interesse na educação e formação dos membros.

Aliado a essa estrutura, o Sr. Fabio de Souza Pires, técnico de Segurança do Trabalho,
acrescentou os seguintes departamentos:
1. Fábrica de adubos;
2. Algodoeira (desativada);
3. Descarregamento de Soja, as atividades de pré-limpeza, secagem, nova limpeza e
armazenagem;
4. Gerador de energia – caldeira (utilizando a madeira do reflorestamento próprio), que tem
proporcionado à COMIGO uma economia de energia em torno de 70% durante o dia e 100%
durante a noite;
5. Fábrica de farelo de soja. Este setor representa 77% do faturamento bruto da parte industrial
da empresa;
6. Óleo bruto, representando 20% do mesmo faturamento; e
7. Fábrica de sabão, representa 3% do referido faturamento, sendo utilizado como matériaprima a borra gerada pelos itens 5 e 6. A fábrica de sabão produz 3.500 cx de 50
pedaços/dia.

Todo o processo produtivo dos itens acima é acompanhado e monitorado por um Sistema de
Automação – T.I. – (Siemens), que controla todos os motores e máquinas e as maneiras como as
máquinas têm que trabalhar. Controlam a velocidade, temperatura, níveis, porcentagem de soja e
água.

No refino de óleo é usado processo tecnológico de automação italiano, em que se faz desde a
garrafa pet, o envasamento do óleo, o processo de vedação da garrafa, o encaixotamento e o
embarque nos caminhões. Produz duas marcas de óleo: Brasileiro e Comigo. O primeiro é vendido
para o Norte e o Nordeste e o segundo para a própria região Centro-Oeste.
A Comigo tem sua frota de caminhões (20 carretas), mas contrata também caminhões de
terceiros.

O Laticínio recebe o leite dos cooperados que possuem seus tanques resfriadores (unitários
ou em grupos). O leite é analisado nas propriedades pelos teores de gordura e higienização. Pagam
ao produtor R$ 0,70 por litro de leite aprovado. Do leite bruto a maioria é vendida à Nestlé, Itambé
e Paulista. No Laticínio é realizado o ensacamento do leite (50.000 lt/dia), o empacotamento da
manteiga, do creme de leite, do requeijão e do iogurte (60% a 80% é vendido para Polengui), sendo
“MIGO” a marca da cooperativa para os derivados do leite. Como se pode observar, a Cooperativa
tem uma estrutura que não se contrapõe à dinâmica capitalista, apresentando uma orientação
empresarial:

Na verdade a promulgação da lei 5.764 de dezembro de 1971 de orientação
nitidamente empresarial inicia o período caracterizado como de “renovação das
estruturas”, que enfatiza a primazia da qualidade sobre a quantidade, estimulando a
fusão de cooperativas agrícolas isoladas e abrindo espaço para a integração vertical
de cooperativas já assentadas sobre bases econômicas mais sólidas (SCHNEIDER,
1981, p. 15).

Ao longo dos anos verificou-se que várias indústrias foram se instalando no município em
função da estrutura vigente, como indústria de papel e celulose e também a BRASILATA cujo
principal objetivo era produzir latas para a COMIGO e que, com o fim do fornecimento de
embalagens para a Cooperativa, intensificou a sua linha de produção para o atendimento de outros
segmentos. Segundo o Senhor Divino, subgerente, e o Sr. Gleidson, técnico em Segurança do
Trabalho, a empresa mantém 900 funcionários registrados (chamados de inventores) nas três
unidades (GO, RS e SP), sendo em Rio Verde-Go 100 inventores. Todos os funcionários ao serem
admitidos passam por 100 h de treinamento e também passam a colaborar com idéias para o
aperfeiçoamento técnico da empresa.

O fortalecimento de um segmento empresarial dinamizou a economia local com a instalação
de vários supermercados, lojas, restaurantes e um segmento hoteleiro, o que justificou a criação da
ACIRV (Associação Comercial e Industrial de Rio verde) com 580 associados, representando 10%
do empresariado local. Seu presidente atual é o Sr. Oduvaldo Lopes Ferreira, ele informou que, com
a implantação das indústrias, após 1986, houve uma transformação muito grande com ações
importantes para evidenciar Rio Verde no cenário nacional. Dentre elas estão:

  1. Fórum Permanente de Oportunidades, para impedir a evasão de recursos e as oportunidades
    dos empresários locais de investirem nos produtos e serviços demandados pelas indústrias
    locais (usinagem e precisão);
  2. Parcerias com instituições financeiras (conseguiram R$ 60 milhões do B.Brasil);
  3. Qualificação de mão-de-obra;
  4. Incentivos fiscais com a união dos poderes públicos: federal, estadual e municipal.
  5. Utilização de o Projeto Empreender –SEBRAE.
  6. Planejamento para criação de Pólos como: T.I. (Tecnologia da Informação) – Softwares.
    Pode-se destacar que outro ponto que contribuiu decisivamente para o fortalecimento da
    estrutura produtiva montada é o técnico-científico de instituições e de pesquisadores que
    desenvolvem trabalhos e analisam os impactos regionais, sociais, econômicos e ambientais dos
    empreendimentos. Como o CEFET, que apresenta na sua unidade áreas de bovinocultura,
    olericultura, suinocultura e avicultura de corte e, paralelamente, também tem uma integração com a
    Perdigão para o alojamento da avicultura de corte e suinocultura todas servindo como base para
    estudos e desenvolvimentos de pesquisas na área de zootecnia. Em relação aos pesquisadores,
    pode-se destacar o Professor Claudecir Gonçalves, que desenvolve estudos sobre o papel do Estado
    nas transformações da agricultura goiana, abordando as políticas de desenvolvimento regional
    adotadas pelo governo federal através do PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (PND
    I e II). Na escala estadual promove uma discussão sobre os incentivos fiscais adotados através do
    FOMENTAR (Fundo de Participação e fomento à Industrialização do Estado de Goiás) através da
    Lei estadual 9.489/84 e, posteriormente, pelo PRODUZIR (Programa de Desenvolvimento
    Industrial de Goiás), criado pela Lei Estadual 13.591/00, destacando a participação relevante das
    políticas públicas para o desenvolvimento do Complexo Agroindustrial no Sul Goiano e seus
    impactos nos Índices de Desenvolvimento Social e Índices de Desenvolvimento Econômico. No
    tocante às pesquisas sobre avicultura de corte evidencia-se o trabalho do prof. Levy Rei de França
    sobre a evolução da base técnica da Avicultura de Corte no Brasil (1930-2000) que faz uma
    abordagem da reestruturação produtiva da avicultura de corte em Rio Verde (GO) e Videira (SC),
    onde elaborou seu projeto de doutorado enfatizando a integração vertical e aprofundando a
    discussão sobre a tecnificação do setor, a agregação de valor ao produto e o risco de produção do
    produtor integrado.
  7. Chamam atenção para a participação pública no desenvolvimento da avicultura de corte, a
    caracterização e diferenciação dos modelos de produção, a análise de competitividade dos dois
    modelos (Sul e Centro-Oeste) e a classificação dos produtores rurais de acordo com a carteira de
    crédito do Banco do Brasil, onde se considera a renda bruta agropecuária anual para acesso ao
    FUNDO CONSTITUCIONAL DO CENTRO-OESTE (FCO). A conclusão do pesquisador sobre o
    tema, com o modelo implantado no Centro-Oeste é que a territorialização do complexo só foi
    possível com as minimizações dos custos de produção, transação e logística.
    No entanto em relação ao escoamento da produção, percebe-se que este ponto ainda é um
    problema a ser discutido. Na visão dos produtores rurais o custo Brasil se eleva na medida em que
    não se consegue priorizar políticas de recuperação de estradas que facilitem o transporte dos
    produtos aos principais portos e mercados consumidores.

Se a capacidade empresarial no complexo da soja está amplamente demonstrada, se
os problemas de ordem tecnológica foram superados, o peso do custo do transporte
na composição global de custos da soja e seus derivados afeta o sucesso da
expansão, já que as condições de mobilidade entre centros de produção e consumo
constituem um fator desfavorável à competitividade (BERNARDES, 2005, p. 353).

Percebe-se que houve uma conjunção de elementos e fatores que propiciaram a articulação
política e técnica para a implantação e fortalecimento da estrutura produtiva atual com base na
produção de grãos. Todavia, essas especificidades podem ser verificadas na região do Sudoeste
Goiano, não representando a estrutura total do Estado.
Outro aspecto importante que mereceria destaque na pauta de discussões na região é o
ambiental. Porém, tanto no meio empresarial quanto no acadêmico essa discussão se faz de forma
tímida. Praticamente, os impactos ambientais provenientes da monocultura, da produção do esterco, da avicultura e da intensificação do processo de mecanização são minimizados pelas relações
econômicas que ocupam toda pauta de discussões, tanto no meio político, empresarial e acadêmico.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho realizado em Rio Verde foi importante para a verificação in loco de como está se
processando a ocupação da região Centro-Oeste, até pouco tempo atrás considerada uma região de
fronteira agrícola, hoje, um espaço já ocupado de forma produtiva pelo capital.

Os pontos elencados foram de suma importância para a reflexão, podendo-se perceber uma
mudança no padrão tecnológico. Aliado a esse fator, um conjunto de elementos identificados como
a participação das políticas públicas através dos Créditos e financiamentos, o desenvolvimento de
pesquisas sobre os impactos dos setores ligados aos complexos agroindustriais e a participação do
setor empresarial representado pela associação comercial foram responsáveis pela atual estrutura da
produção de grãos no município de Rio Verde.

Essa conjuntura beneficia os grandes grupos empresariais ligados ao esmagamento da soja e
ao processamento de matérias-primas agrícolas, bem como um dos principais grupos empresariais
ligados à produção de frangos e suínos, a Perdigão, que, mesmo tendo suas origens no estado de
Santa Catarina, migrou para a região Centro-Oeste à procura de novas formas de produção, tendo
como integrados os médios e grandes proprietários.

Estes empreendimentos acabaram por desencadear a implantação de muitas outras indústrias
em Rio Verde, proporcionando uma nova dinâmica econômica, colocando o município em destaque
nacional na geração de empregos.

Ficou claro em depoimentos, do gerente da COMIGO e ligadas a diferentes segmentos do
setor produtivo que há vagas para pessoas com qualificação, mesmo para atuarem na própria
atividade agropecuária, pois o processo produtivo é todo baseado em equipamentos de alta
tecnologia.

Constatou-se que, atualmente, o motivo de maior preocupação para os setores produtivos e
também político de Rio Verde é em relação à entrada da cana-de-açúcar na região. A prefeitura
municipal foi à primeira do país a criar leis visando ao zoneamento agrícola territorial de seu espaço
rural em conjunto com a Associação Comercial na tentativa de frear o ímpeto dos usineiros de
articularem um processo produtivo que leve os proprietários rurais a substituírem a produção de
grãos pela produção de cana.

Apesar do posicionamento contrário de diversos setores locais, pode ser verificada a
presença de uma usina no município, ainda que de pequeno porte. Segundo depoimentos de pessoas
ligadas à cooperativa COMIGO, de produtores rurais e até mesmo os descendentes de americanos,
com os quais se teve oportunidade de conversar, existe certa dúvida em relação à mudança para
outra matriz produtiva, no caso a cana-de-açúcar.

Diferente de outras regiões, como a de Assis-SP, em que a produção de grãos, no caso a
soja, cede espaço para a produção da cana-de-açúcar e a região de Jaboticabal-SP em que a área de
produção da laranja recua e a área de produção de cana-de-açúcar se expande, a região do Sudoeste
Goiano-GO não será facilmente dominada pela produção de cana-de-açúcar devido à estrutura
montada pelo complexo agroindustrial e seus componentes que já se formaram em volta da
produção de soja.

Mas como o capital possui suas maneiras e meandros para a cooptação dos produtores,
somente o tempo será capaz de expressar a vontade dos agricultores em mudar de uma matriz agro –
alimentar para uma matriz energética. Alguns produtores rurais arriscam análises em relação ao
aumento ou redução da área de produção de grãos 2007/2008 e atribuem ao alto preço da soja no
mercado internacional, apesar da desvalorização do dólar, como um dos fatores que pode contribuir
para manutenção da área plantada e/ou incorporação da fronteira agrícola interna. Diante do
exposto, a problematização sobre a substituição da matriz produtiva na região do Sudoeste Goiano e
a possível disputa de territórios por complexos agroindustriais será alvo de futuras pesquisas.

5. REFERÊNCIAS

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